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Foto do escritorVítor Pereira Faro

Energia que vem da terra: mudança na matriz energética



Por Vítor Faro, CEO da Solution IPD


A discussão sobre a crise hídrica atual traz para o cenário brasileiro um desafio que não é pontual: a matriz energética de hoje não dá conta do consumo de energia do país e, mesmo que as chuvas voltem aos níveis normais, o problema não será solucionado.


É preciso considerar que o desenvolvimento tecnológico, necessário para a economia, gera mais consumo de energia. Ao automatizar sistemas antes manuais, aumentar a inteligência de processos, produção e gestão em todos os setores, naturalmente se exige mais energia.


As hidrelétricas, que constituem a principal matriz energética nacional, estão no limite. E investir em sua ampliação demanda valores muito altos. Por isso, há duas formas de tentar minimizar os danos da sobrecarga de consumo e tendência de crescimento da demanda por energia. Um caminho é o investimento em outras matrizes, em novas energias limpas e menos custosas. O outro caminho é planejar todo e qualquer tipo de projeto a partir daqui pensando na sustentabilidade e na eficiência energética.


Energia limpa

Os incentivos para a produção de energia limpa - como eólica, solar, biomassa e geotérmica – ainda são pequenos no Brasil. A região Nordeste tem se destacado nesse sentido e registrou, em julho de 2021, um recorde de produção de energia eólica e fotovoltaica. Mas isso foi resultado de um projeto que iniciou há 20 anos. Ou seja: é preciso planejamento e investimento de longo prazo.


Outra fonte de energia que começa a se destacar é a geotérmica, ou a energia que vem da terra. A partir de uma pesquisa desenvolvida pela USP, foi criado um sistema inovador no País, que capta ou rejeita calor do solo por meio das estacas que compõem a fundação do edifício. Por estarem em contato direto com o subsolo, as estacas têm uma grande área de contato para a troca térmica. Os pesquisadores instalaram tubos no seu interior e, com a ajuda de um fluido, captam a energia térmica que é levada até a superfície, onde uma bomba geotérmica faz a troca de calor entre o subsolo e os ambientes do prédio.


É relevante lembrar que o setor de edificações é responsável pela metade do consumo total de energia elétrica do país. E, dentro desse setor, o consumo de energia com sistema de climatização gira em torno de 30%. Por isso, há uma necessidade crescente de se projetar edificações com elevada eficiência energética, utilizando energias renováveis.


Para incentivar o aprofundamento das pesquisas sobre energia geotérmica, a Solution IPD está se unindo aos pesquisadores pioneiros nessa tecnologia no Brasil. São soluções inovadoras, eficazes e de energia limpa, como essa, que podem modificar a matriz energética, tornando-se cada vez menos dependente dos recursos hídricos.


E você: quer investir em inovações sustentáveis? Una-se a nós.


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